Amizade

"Nenhum caminho é longo demais quando um amigo nos acompanha."

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

16-02-2013 Abelheira-Biduiça-Negras- Carris-Lamelas

 
 
 



 
Ribeiro Dola
 



É caso para perguntar, quem é quem?

 
Biduiça e Alto de Compadre
Ribeiro da Biduiça
 
 
 
 

Curral da Matança
 

Diogo que é que se passa, as subidas fazem-te mal 

Cabras 
 
 
 
 Curral das Negras
 
 



E cá estamos nós nos Carris depois de uma subida brutal



 
 

 
 
 
 
 
Lagoa dos Carris congelada
 
 

 
 
 
 Todos muito fotogénicos
 
 
 
 
 

 

Lamalonga
 
Não há que enganar 
Lamelas de Baixo
Garranos 
 
 
 
Se há dias perfeitos…

Se há dias perfeitos, este foi sem dúvida um deles.
Para mim, as idas ao Gerês representam o reencontro com aquela maravilhosa serra e comigo mesma, e é uma enorme satisfação partilhar estes momentos com os meus colegas.
Começamos o dia a subir a Corga da Abelheira, para lá no cimo nos deparar com um dos mais belos cenários da serra do Geres, á nossa frente um belíssimo vale, onde o ribeiro Dola vai serpenteando e formando magnificas lagoas de águas cristalinas. Aqui fazemos uma pequena paragem, contemplando tudo o que nos rodeia.
O sol já vai alto e a cada passo que damos sentimos todo o poder e beleza daquela maravilhosa serra. Maravilhosa e poderosa, sim, porque apesar de despida de qualquer vegetação, ela esforça-se para ganhar novamente cor, aqui e ali já se começam a vislumbrar pequenas flores que timidamente pedem para crescer, o ribeiro da Biduiça continua a correr límpido e refrescante, oferendo uma bela melodia a quem por lá passa.
Mas neste belo dia não é só a melodia dos ribeiros que se escuta, neste belo dia ouvem-se ecos de risos por toda a montanha, o riso da Marcela, do Carlos, Carla, Paulo, Isabel, Diogo, Luís, Ricardo e o eco do meu próprio riso.
E, entre ecos e silêncios, vamos nos embrenhando mais e mais na montanha, observando salpicos brancos aqui e acolá, e de repente, como que do nada e confundindo-se com a própria montanha, eis que surge um grande grupo de cabras, montanheiras ágeis, deslocam-se com tamanha rapidez e destreza que chega a provocar inveja (risos).
Inspirados pela agilidade das cabras, eis que resolvemos também nós transformar-nos em cabras selvagens e tentar uma nova abordagem às minas dos carris, e por entre neve e gelo lá vamos trepando a encosta e muito rapidamente atingimos o paiol das minas dos carris. O tempo estava a nosso favor, um belíssimo dia de sol, com temperatura agradável permitindo assim uma pausa para almoço mais prolongada que o habitual.
Era hora de espreitar a lagoa, esta, estava envolvida num belo manto de gelo conferindo-lhe ainda mais magia, e ouvindo murmúrios de outros tempos, murmúrios que nos diziam que em tempos muitos difíceis ali tinha existido vida, uma vida de trabalho muito árduo, rapidamente chegou a hora de abandonar o local e continuar com a nossa jornada.
A descida foi feita pela corga de Lamalonga, para trás ficavam ruínas de tempos idos e á nossa frente a belíssima Lamalonga, e assim, entre passado e presente, lá fomos tomando o nosso rumo, rumo que nos levou aos currais de lamelas de baixo e que nos proporcionou um encontro com os garranos, olhando para nós como intrusos, estes afastaram-se mas esperar o contrário é que seria de estranhar.
Acelerando o passo continuamos a nossa caminhada, a noite estava para chegar e o nevoeiro já se fazia adivinhar, mais uma pequena pausa nos currais da Biduiça e rapidamente nos encaminhamos para a corga da abelheira, ao fundo desta esperavam-nos os carros e um magnífico lanche.
E assim terminou o nosso dia, sentados na beira da estrada a comer pão com chouriço e a beber vinho tinto (risos). Os corpos, esses estavam cansados e suados, a alma de cada um de nós estava rejuvenescida, no olhar, estampado um deslumbramento e uma satisfação que conheço muito bem, o deslumbramento e satisfação de quem aproveitou o melhor que a mãe natureza nos pode oferecer.
Filipa
 
 
 
 


Sem comentários:

Enviar um comentário